terça-feira, 8 de março de 2011

Resumo - "O Que É Semiótica"

Resumo das páginas 7 a 13 do livro "O Que É Semiótica"

      Fenômeno é qualquer coisa que, de algum modo e em qualquer sentido, apareça à mente, seja algo real ou não. A Fenomenologia seria, então, a análise das experiências e tem por objetivo levantar as características que pertencem a todo fenômeno e toda experiência; um estudo baseado na observação direta dos fenômenos como vêm à mente e através dele, surgiram as categorias universais: Primeiridade (1ª), Secundidade (2ª) e Terceiridade (3ª), correspondentes à: Qualidade, Relação e Representação. Essas categorias são as modalidades mais universais e mais gerais através das quais se dá a “apreensão-tradução” dos fenômenos, como estes aparecem à consciência. Em nível mais geral, temos as correspondências: 1ª: acaso; 2ª: ação/reação; 3ª: mediação/processo.

      A Primeiridade é a qualidade da consciência imediata, original, espontânea e livre, precede toda diferenciação e toda síntese. É o que se sente, no momento exato e imediato em que se sente, é “qualidade de sentimento”, ou seja, a primeira apreensão das coisas que para nós aparecem. A qualidade de sentir é o modo mais imediato.

      Onde há um fenômeno, há uma qualidade, ou seja, sua primeiridade. Mas ela é apenas parte do fenômeno, visto que, para existir, essa qualidade deve estar intrínseca a uma matéria, e é aí onde está a Secundidade: no mundo real, factivo, onde a consciência reage em relação ao mundo, ao existir e sentir a ação de fatos externos confrontando-se com nossa vontade.

      A Terceiridade corresponde ao pensamento em signos, através do qual representamos e interpretamos o mundo. Para conhecer e compreender qualquer coisa, a consciência produz um signo, uma representação, e só interpreta essa representação numa outra representação, denominada interpretante. Compreender, interpretar é traduzir um pensamento em outro pensamento, esse é o significado do signo.

      Através dessas categorias e do processo envolvido nelas, temos a base de todo o processo sígnico, cujo principal alicerce é o signo e suas relações de significação e sentido.

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